Inclassificável – memórias da estrada de Mel Fronckowiak

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Muito bem, comprei ontem o livro na tarde de autógrafos, como comentei no ultimo post de look do dia, e já acabei com ele!!! Tudo bem que o livro é super fininho, mas não pesei que o terminaria tão rápido, mas o é que ele te prende e você não vê o tempo passar. Estou relendo ele e desta vez estou destacando partes de que gosto e quero dividir isso com vocês. Vou postar agora alguns trechinhos que e marquei até agora e quando terminar posto o resto, combinado?

“[…] porque a fama sai de moda, mas o que toca o coração se faz presente.” (esta parte é do prefácio que não é escrito pela Mel e sim pela Dulce Maria)

 

“Não deixar que as luzes dos holofotes, que provavelmente conheceríamos, ofuscassem quem a gente era de verdade.”

 

“Quantas vezes partimos, partimo de nós mesmos, partimos para nós mesmos. Nesses encontros desencontrados  que a estrada proporciona.”

 

“[…] no final somos a gente com a gente mesmo. Ninguém mais habita os nossos medos e as nossas dores.”

 

” A solidão mora ao lado do caos. Estar só não significa não estar com ninguém.”

 

” Afinal, dizem que os encontros de alma são assim. Parece que já conhecemos há anos pessoas que acabam de cruzar as nossas vidas.”

 

” A verdade é que a estrada, silenciosa, compartilha dores e despedidas. Compartilha partidas e reencontros, possibilita sonhos. É  a sina de levar e trazer, de nada falar, de não poder chorar. É a sina de não poder abraçar sem braços nem pegar no colo as dores do mundo.”

 

” Tem horas que o silêncio é um livro de possibilidades. Nada diz mais do que um silêncio preenchido, esse rio que corre cheio de segredos submersos que é de fato onde podemos nos esconder do mundo e nos refugiar no lado de dentro.”

 

” Salvador tem cheiro de história, a arquitetura e a culinária tão ricas das nossas origens, o povo nas ruas com daqueles que construíram de fato o nosso país e que trouxeram, generosamente, as crenças e a esperança que ainda carregamos.”

 

” Os ventos que sopram o extremo Nordeste do país são quentes.

Ventos em fogo, ventos que misturam suores, que levam histórias e segredos sussurrados, ventos que secam a terra e a esperança de quem dos sertões é prisioneiro.

Os vento daqui não  ventam, choramingam em silêncio com o corpo ardente de quem tem sede de partir. Ventos de quem sente saudade. Ventos-murmúrios por quem já se foi.

[…] Será que são prisioneiros da sua própria história? Será que queria noutro lugar ventar?”

 

” Cantamos e dançamos e deixamos o tempo correr sem correr junto com ele.”

 

” […] cansaço, somado á intimidade, é inimigo número um da sensibilidade.”

 

” Daqueles que tem amor dilatado nas pupilas. E transformam fogos em pedaços de saudades. Em lágrimas coloridas de quem longe queria estar por perto. De quem longe tem por quem voltar.

Meninas mulheres descobrindo a vida, o amor e as tristezas que ele também traz. Meninas pequenas que têm de ser grandes e se aconchegam umas nas outras num chão de varanda desconhecida.  Que olham os fogos ao longe e deixam que eles acendam aquilo que queima por dentro.”

 

“[…] Gritarias deixando rastros no mural das memórias. Tenho muito medo de ficar nua sem esse amor desenfreado, tenho medo d esquecer o silêncio nesse barulho sincronizado.

Mas por enquanto somos sonhos e cansaço. Somos medo e coragem, vontade e covardia de seguir. E amanhã quem nos garante? E o depois quem nos conforta?”

 

” E vou gritando em silêncio, através das palavras que se acomodam fora de mim.”

 

” O ócio e o vazio, mais as saudades que cada um sente dos seus, nos aproximam.”

 

” É o jeito destemido da juventude imaginar, é  jeito divertido da gente achar que pode, como faz as músicas, encontrar as rimas dos refrãos das nossa vidas.”

 

Por hoje é isso de trechos. Espero que tenham gostado. Os direito autorais são todos da Mel. Beijinhos!!

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